Sermão do 4º Domingo da Quaresma. Evangelho de S. João, 6;1-15

Introdução.
 
Neste domingo em especial é permitido o toque do órgão. Um pouco diferente dos domingos da quaresma, este domingo transpira uma certa alegria (partes móveis), os paramentos podem ser róseos (onde não houver, devem ser roxo). Isto se explica porque na Europa costumam aparecer as primeiras flores e rosas nesta época. E como premissas destes dons, elas eram ofertados aos altares.
 
Além disso, era neste domingo que os catecúmenos juravam solenemente a fé, antes de receberem as águas do santo batismo. A Igreja, como mãe amorosa, se rejubila. E como uma "Nova Jerusalém" se alegra. A cada vez que entramos na casa de Deus é como se entrássemos na "Cidade de Deus" e saíssemos da "Cidade dos Homens".
 
Evangelho:
 
Sem contestação alguma, são divinos os milagres feitos por Nosso senhor Jesus Cristo, e refletir sobre cada um deles é um convite para elevar o nosso espírito sequioso, daquilo que é visível até o que é mais elevado, ou seja, desta forma conhecer mais a Deus.
 
Lamentavelmente, nem todos porém, prestam a devida atenção e reverência aos milagres e prodígios operados todos os dias em nossas vidas, ao nosso redor e nas menores coisas.
Governar o mundo, ser o Criador de tudo, Mantenedor do universo, é muito maior milagre do que fartar uma multidão de cinco mil homens com apenas cinco pães.
No entanto, nos maravilhamos mais dessa multiplicação dos pães do que do primeiro milagre, que é "tirar tudo do nada para a existência", como nos relembra S. Basílio Magno.
 
O mesmo poder que multiplica os pães é o que multiplica os grãos. Grande é o prodígio, pois os cinco pães não são jogados na terra, mas multiplicados por caridade por quem fez a terra; "Por meio Dele todas as coisas foram feitas"; cf. prólogo do Evangelho de S. João.
 
Assim, caríssimos, este milagre nos é apresentado para que nossos sentidos possam elevar nossos pensamentos ao Altíssimo, e proporcionar aos olhos e ouvidos o exercício e cultivo da fé e por conseguinte a busca do que é de Deus, do qual nos vem a graça e a salvação.
 
Tudo o que foi exposto destina-se a refletirmos e admirarmos os milagres, é um convite em crermos e amarmos a Deus sobre todas as coisas. Nestes tempos de quaresma somos chamados a nos purificar, a desejar a Deus.
 
Nosso ímpeto deve ser forte neste sentido; procurar os meios de nossa salvação através de Jesus Cristo, pois Ele, mais do que aqueles cinco pães multiplicados para saciar a fome do corpo, quer saciar a nossa fome espiritual através do "Pão Celeste", ou seja o seu próprio Corpo e Preciosíssimo Sangue, que muitas vezes miseravelmente e de forma muitíssimo ingrata negligenciamos com irreverência e preguiça, não comparecendo com assiduidade ao Santo Sacrifício do Senhor que é a Santa Missa (usando e abusando dos mais variados e pérfidos argumentos e esfarrapadas desculpas, como se pudéssemos enganar a Deus. Quanta pretensão e presunção!). 
 
Hora de mudar, tempo de se converter.

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